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quinta-feira, 29 de agosto de 2019
domingo, 25 de agosto de 2019
COMO ORIENTAR OS PROFESSORES SOBRE AS CONVERSAS DE PORTA DE SALA COM OS PAIS?
Se tem um espaço na escola que não deveria ser um local de conversas é a porta da sala de aula. Mas como é difícil evitar que isso aconteça!
Em muitas instituições, é na porta das classes que os pais se encontram com os professores nos horários de entrada e saída da criançada. Nesses momentos, são quase inevitáveis falas como: “Posso falar com você só um minutinho?” e “Como foi o dia? Meu filho se comportou bem?”. O professor precisa ser bem orientado e estar atento para conseguir escapar dessas armadilhas. E uso essa expressão por ter vivido e testemunhado inúmeras (e desastrosas) situações, que, naturalmente, teriam sido evitadas se alguns protocolos tivessem sido seguidos.
Relato a seguir um desses momentos, certamente o mais danoso e traumático. Em turmas do 1º ano, com crianças de 6 e 7 anos, momentos de descoberta e exploração da intimidade entre meninos ou meninas é algo natural. Durante um recreio, alguns alunos, dentro do banheiro, se exibiram uns aos outros, mostrando seus órgãos genitais. Rapidamente, colegas que testemunharam a cena procuraram a professora da classe para resolver a situação. Insegura em relação a que atitude deveria tomar, ela pediu ajuda. A diretora, conhecendo sobre o desenvolvimento infantil, fez a intervenção apropriada com as crianças. Ela se preocupou mais com as questões de preservação da intimidade – o que é da dimensão do privado e do público –, do que com as de apelo sexual.
Informada sobre como o caso tinha sido encaminhado, a professora retomou normalmente o trabalho. No entanto, em vez de dar o assunto como encerrado, ao ser questionada por um familiar sobre o comportamento de um dos garotos envolvidos no episódio do banheiro, a docente relatou todo o caso, ali mesmo na porta da sala. Pronto, o estrago estava feito! Para resumir, no dia seguinte fomos informados de que o menino havia sido brutalmente espancado pelo pai que, avaliando a situação sob sua perspectiva, buscou dar um corretivo no filho, a fim de garantir que a atitude não se repetisse.
Façamos o difícil exercício de não julgar esse pai e foquemos em como evitar situações como essa. É compreensível que os professores, buscando atender às famílias, acabem dando respostas de maneira improvisada e não profissional. Há na escola, ou deveria haver, momentos específicos para o atendimento aos familiares, com hora marcada, em local apropriado e com a presença dos profissionais diretamente responsáveis pelo aluno. Sempre, o coordenador pedagógico ou o orientador educacional deve estar junto com o professor.
É importante que antes de qualquer conversa com os responsáveis, a coordenação oriente o professor e alinhe com ele os pontos a serem tratados e a abordagem adequada, considerando os aspectos relevantes para que o atendimento tenha sucesso: linguagem apropriada, acolhimento das dúvidas, respeito e reconhecimento da fala dos pais e limites a serem respeitados. Comunicações improvisadas, como nos casos dos papos de porta de sala, dão espaço para incidentes evitáveis.
Mas e quanto às indagações de porta de sala? O que responder aos pais? O melhor é dar respostas claras e objetivas que não possibilitem margem a outras interpretações. Veja alguns exemplos: “Foi um dia de muitas aprendizagens e de novos desafios” ou “o comportamento do seu filho está dentro do esperado”. Aos pedidos de conversa em particular, por sua vez, é possível se posicionar da seguinte maneira: “Será que poderíamos combinar um outro momento? Na entrada e saída é fundamental que eu esteja atento e disponível para as outras crianças”. Uma resposta difícil? Não. Uma resposta profissional!
Voltando ao episódio que relatei acima, embora essa orientação já tivesse sido dada aos nossos professores, não pudemos evitar o desfecho da história. Portanto, coube à professora e a todos nós da escola convivermos com aquele que, para mim, é o pior dos castigos: o sentimento de culpa.
E você, já viveu alguma saia justa causada por esses bate-papos de porta de sua sala? Conte como lidou com a situação. Sua participação enriquece esse espaço.
CRÉDITOS: Gestão Escolar
sexta-feira, 23 de agosto de 2019
COMUNICADO AOS COORDENADORES E PROFESSORES
EM ACORDO COM O DIRETOR MARCO VINÍCIUS, O AGENDAMENTO DE EQUIPAMENTOS EM SALA DE AULA E AUDITÓRIO PASSARÃO A SER FEITOS PELO ALMOXARIFADO.
Gneto/Laboratório de Informática
8 PASSOS PARA LEVAR FERRAMENTAS DIGITAIS PARA SALA DE AULA
Em nosso cotidiano, convivemos com a tecnologia nas atividades mais rotineiras, como usar um aplicativo de banco para pagar uma conta via celular ou enviar uma mensagem pelo WhatsApp. Essa mesma facilidade no uso de tecnologias deveria ser abraçada pela escola e pelos professores, que poderiam então fazer uso de ferramentas digitais em suas aulas.
Para isso é necessário vencer algumas barreiras, como ausência de infraestrutura, conectividade e formação docente. Muitos professores sentem dificuldade em lidar com programas e ferramentas, pois só tiveram contato com tais tecnologias em sua fase adulta – bem diferente dos nossos alunos, que nasceram na era tecnológica e estão familiarizados com elas.
Recentemente, uma iniciativa do movimento Todos Pela Educação, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Instituto Natura, Itaú BBA, Fundação Telefônica Vivo e Samsung foi saber o que pensam os professores brasileiros sobre o uso da tecnologia digital em sala de aula. Apesar das dificuldades com falta de recursos e equipamentos, eles foram unânimes em dizer que as tecnologias contribuem para o processo de ensino e aprendizagem e que para avançar o processo de introdução em sala de aula é necessário que as políticas públicas priorizem alguns pontos:
- Ofertar melhores oportunidades de formação docente
- Assegurar uma melhor infraestrutura física
- Promover soluções tecnológicas que levem a rotina escolar e os desafios do dia-a-dia.
Esse é um assunto que gera muito debate. Em NOVA ESCOLA, muitos educadores já se manifestaram para enumerar as dificuldades em utilizar meios digitais de forma efetiva em sala de aula.
Compartilho desses desafios e acredito que este é o maior entrave para que os avanços destas ferramentas sejam incluídos no dia a dia escolar.
Com a aprovação da Base Nacional Comum Curricular, BNCC, que traz o uso das tecnologias como uma das competências de ensino, estamos próximos de garantir recursos necessários, principalmente formação para que professores estreitem os laços com as tecnologias. Mas é possível? Eu acredito que sim e a seguir enumero oito passos para agregar essas ferramentas na sala de aula:
Conheça
Compreenda recursos e softwares que podem ser incorporados a sua rotina escola. Google Drive e Google Sala de Aula são gerenciadores que permitem realizar trabalhos colaborativos, permitindo que vários documentos possam ser vistos e comentados por um grupo – com acesso inclusive por celular. É possível gerenciar pesquisas e aplicar avaliações tornando as aulas mais atrativas e dinâmicas.
Explore
Muitas ferramentas digitais promovem novas formas de realizar uma prática pedagógica e explorar habilidades e competências diversas.
Produção de vídeos, fotos, podcasts, slides e blogs. São ferramentas que podem ser usadas pelo celular, computador ou tablet e que enriquecem as aulas – por permitir dinamismo e também vivência. Uma aula pode ganhar muito com exibição de vídeos curtos ou fotos feitas pelos próprios alunos.
Planeje
Projete atividades em que a experimentação da aprendizagem esteja presente, valorizando o aluno no centro do processo de ensino e fazendo do professor o mediador dessa construção. Que tal criar um espaço maker, com materiais que são reaproveitados? Ao estabelecer espaços colaborativos dentro da sala de aula, o aluno pode inventar, criar e usar recursos diferentes para a resolução de problemas. Para criar um espaço maker, você precisará de algumas ferramentas, como chave de fenda, ferro de solda, tesoura, canetas, uma mesa, materiais de sucata e muita mão na massa para criar junto aos alunos.
Insira
O foco da educação hoje está no desenvolvimento de competências e habilidades. Aproveite para inserir as redes sociais em suas aulas, expandindo o aprendizado e dando espaço a um ensino mais personalizado. Edmodo, Blogger, Twitter e Instagram são redes sociais que permitem interação, personalização e a possibilidade de realizar trabalhos que expressem mais a vivência e a visão do aluno.
Incentive
Use e abuse das ferramentas de pesquisa na Internet. Nossos alunos necessitam de orientação em relação ao uso, como símbolos e palavras chaves. Indique bibliografias e sites úteis para que desenvolvam trabalhos com informação de qualidade e confiabilidade. Aproveite para abordar ainda assuntos como Segurança da Internet e Cyberbullying.
Crie
Estimule o contato com softwares (programas) autorais e a produção de trabalhos colaborativos. Movie Maker, Audacity e Gimp são exemplos de programas que permitem realizar diversos tipos de trabalho, além de serem gratuitos.
Estimule
Traga o mundo imaginário dos alunos para a sala de aula, propiciando a produção de games e estimulando o raciocínio lógico, com o uso de softwares de programação. O Scratch é um programa recomendável e pode ser trabalhado de forma offline.
Compartilhe
Propicie momentos para compartilhar as atividades realizadas, incentivando os alunos a produzir seus próprios textos em formatos distintos. Eles poderão criar textos a partir das pesquisas realizadas na internet e em outras mídias e você pode ensiná-los a mencionar de maneira correta o crédito de autores e fontes pesquisadas.
As ferramentas digitais podem ser usadas como um grande propulsor à inovação, criatividade e inventividade por meio da experimentação – dando aos alunos a oportunidade de serem protagonistas, autorais e construtores da sua própria aprendizagem.
Muitas ferramentas acima, oferecem oportunidade de compartilhar os seus trabalhos, então aproveite ainda esses recursos para mostrar sua experiência a outros professores.
E você, querido professor, como costuma inserir ferramentas digitais em suas aulas? Conte aqui nos comentários! Vamos aproveitar esse espaço oferecido pela Nova Escola para compartilhar experiências e práticas docentes.
Um abraço,
CRÉDITO: Nova Escola
quinta-feira, 22 de agosto de 2019
COMO USAR MAIS E MELHOR O "WORD" EM SALA DE AULA
Confira o passo a passo para criar quadrinhos no editor de texto mais conhecido
A cada dia, uma nova ferramenta tecnológica é lançada. Diversas delas podem auxiliar os professores a transformar as tecnologias em ferramentas no processo de aprendizagem – e diversas delas estão ao alcance das mãos, basta otimizar e potencializar seu uso.
LEIA MAIS Cultura digital também é competência da BNCC
O Word é um editor de texto. O seu funcionamento é simples, ao mesmo tempo que permite uma aprendizagem interativa e rica. Costumo brincar com os meus alunos que ele é uma página em branco, em que é possível criar, formatar, editar, salvar documentos eletrônicos, misturando elementos visuais e verbais. Mas ele também é um dispositivo que pode ser utilizado na Educação. Por ser composto de recursos que possibilitam escolher a fonte, inserir imagens, gráficos e tabelas, o programa é um convite para fomentar a escrita, a leitura e o desenvolvimento da criatividade.
Entre suas possibilidades, ele pode ser usado para melhorar a habilidade leitora e escritora, aumentar a capacidade de repertório, fluência e precisão na leitura e escrita, compreender e realizar conexões com o objeto de ensino. E mais: pode ser utilizado e explorado em todas as áreas do conhecimento.
LEIA MAIS Que habilidades deve ter o professor da Educação 4.0
O software permite ser utilizado em diferentes níveis e ciclos de aprendizagem, com maior interação e colaboração dependendo da turma que está sendo aplicado. Como no uso das diferentes ferramentas, o uso do Word tem de ser desafiador. Ele tem que ser capaz de despertar o interesse para construção do conhecimento. O trabalho com as diferentes tecnologias permite hibridez e personalização do ensino traz diversos benefícios além dos já citados acima: permite aprender com os erros (o que beneficia o entendimento sobre o objeto de estudo), trabalhar em colaboração e com empatia, além de aproximar o aluno de ferramentas utilizadas em diferentes segmentos e finalidades da sociedade, incluindo-o no mundo digital.
LEIA MAIS Cultura digital também é competência da BNCC
O Word é um editor de texto. O seu funcionamento é simples, ao mesmo tempo que permite uma aprendizagem interativa e rica. Costumo brincar com os meus alunos que ele é uma página em branco, em que é possível criar, formatar, editar, salvar documentos eletrônicos, misturando elementos visuais e verbais. Mas ele também é um dispositivo que pode ser utilizado na Educação. Por ser composto de recursos que possibilitam escolher a fonte, inserir imagens, gráficos e tabelas, o programa é um convite para fomentar a escrita, a leitura e o desenvolvimento da criatividade.
Entre suas possibilidades, ele pode ser usado para melhorar a habilidade leitora e escritora, aumentar a capacidade de repertório, fluência e precisão na leitura e escrita, compreender e realizar conexões com o objeto de ensino. E mais: pode ser utilizado e explorado em todas as áreas do conhecimento.
LEIA MAIS Que habilidades deve ter o professor da Educação 4.0
O software permite ser utilizado em diferentes níveis e ciclos de aprendizagem, com maior interação e colaboração dependendo da turma que está sendo aplicado. Como no uso das diferentes ferramentas, o uso do Word tem de ser desafiador. Ele tem que ser capaz de despertar o interesse para construção do conhecimento. O trabalho com as diferentes tecnologias permite hibridez e personalização do ensino traz diversos benefícios além dos já citados acima: permite aprender com os erros (o que beneficia o entendimento sobre o objeto de estudo), trabalhar em colaboração e com empatia, além de aproximar o aluno de ferramentas utilizadas em diferentes segmentos e finalidades da sociedade, incluindo-o no mundo digital.
Como usar em sala de aulaPara inspirar essa exploração em ferramentas já tão conhecidas do professor, compartilho uma sequência didática (intitulada “Criando HQ”) para professores que querem trabalhar leitura e escrita de forma interdisciplinar, dialogando com outras áreas do conhecimento, por meio de histórias em quadrinhos. A atividade é indicada para o 7º ano e tem duração de 3 aulas.
Objetivos:- Pesquisar, analisar, conhecer sobre as histórias em quadrinhos;
- Reconhecer a importância desse gênero literário para a nossa sociedade;
- Conhecer a intencionalidade desse gênero;
- Desenvolver, potencializar e produzir uma HQ a partir do repertório apresentado;
- Coleta e organização de informações.
Conversa inicialIntroduza a aula, indagando se eles já ouviram falar no gênero histórias em quadrinhos (HQ). Converse com os alunos sobre o gênero, fazendo questionamentos como: vocês gostam de ler HQ? Com que idade começaram a ler e quais histórias já leram? Quais são seus personagens favoritos?
Oralmente, peça para os estudantes falar sobre os personagens que foram marcantes a eles e como eles eram. Neste momento, estimule-os a descrever características físicas e psicológicas dos personagens. Deixe os alunos falarem à vontade, estreitando uma relação dialógica, respeitando opiniões e preferências.
Essa conversa inicial é muito importante, pois, traz uma ideia do repertório dos discentes, onde você pode estimular a curiosidade, citando histórias e personagens consagrados e menos conhecidos dos jovens a partir de perguntas norteadoras, como: quem conhece a Mafalda? Qual sua nacionalidade? Qual o seu temperamento? Há alguma intencionalidade que o autor queria transmitir com a Mafalda?
Características das HQsLeve exemplos de HQs para a sala de aula (tem algumas disponíveis pela internet). A proposta é que eles possam acessar diferentes autores, personagens e enredos para ampliar repertório e compreender o gênero HQ. Faça inferências para que a turma compreenda que nem tudo está explicito nas imagens e no texto, construindo desta forma o sentido da narrativa.
Converse sobre o contexto, para ter certeza de que os estudantes entenderam o humor, crítica, enredo e demais características marcantes deste gênero. Alguns pontos que podem ser levantados nesse momento:
- Tempo da narrativa (comparação entre um quadrinho e outro);
- Papel do personagem (fala em balões e ou em discurso direto);
- Texto curto, construído com um ou mais quadrinhos, com presença de personagens fixos ou não, que cria uma narrativa com desfecho inesperado e ou esperado no final;
- Valorização dos desenhos, transmissão de expressões nos personagens;
- Diferenciação de letras para indicar entonação, como cochichar (letra pequena), gritar (letra grande), entre outros;
- Uso das onomatopeias (tosse, barulho de buzina, espirro, gritos e suas representações). Os estudantes curtem atividade para expressam graficamente ruídos, sons e situações engraçadas.
Sistematize os conhecimentos através de registros, para eventuais consultas.
Produção de sua HQOrganize um roteiro de criação em que os alunos tenham que escrever, em dupla, sobre um episódio. Eles devem decidir sobre personagens, cenário, fato ou acontecimento que irão descrever. Somente após definir a história é que começam a desenhar os personagens e os quadrinhos propriamente ditos.
Objetivos:- Pesquisar, analisar, conhecer sobre as histórias em quadrinhos;
- Reconhecer a importância desse gênero literário para a nossa sociedade;
- Conhecer a intencionalidade desse gênero;
- Desenvolver, potencializar e produzir uma HQ a partir do repertório apresentado;
- Coleta e organização de informações.
Conversa inicialIntroduza a aula, indagando se eles já ouviram falar no gênero histórias em quadrinhos (HQ). Converse com os alunos sobre o gênero, fazendo questionamentos como: vocês gostam de ler HQ? Com que idade começaram a ler e quais histórias já leram? Quais são seus personagens favoritos?
Oralmente, peça para os estudantes falar sobre os personagens que foram marcantes a eles e como eles eram. Neste momento, estimule-os a descrever características físicas e psicológicas dos personagens. Deixe os alunos falarem à vontade, estreitando uma relação dialógica, respeitando opiniões e preferências.
Essa conversa inicial é muito importante, pois, traz uma ideia do repertório dos discentes, onde você pode estimular a curiosidade, citando histórias e personagens consagrados e menos conhecidos dos jovens a partir de perguntas norteadoras, como: quem conhece a Mafalda? Qual sua nacionalidade? Qual o seu temperamento? Há alguma intencionalidade que o autor queria transmitir com a Mafalda?
Características das HQsLeve exemplos de HQs para a sala de aula (tem algumas disponíveis pela internet). A proposta é que eles possam acessar diferentes autores, personagens e enredos para ampliar repertório e compreender o gênero HQ. Faça inferências para que a turma compreenda que nem tudo está explicito nas imagens e no texto, construindo desta forma o sentido da narrativa.
Converse sobre o contexto, para ter certeza de que os estudantes entenderam o humor, crítica, enredo e demais características marcantes deste gênero. Alguns pontos que podem ser levantados nesse momento:
- Tempo da narrativa (comparação entre um quadrinho e outro);
- Papel do personagem (fala em balões e ou em discurso direto);
- Texto curto, construído com um ou mais quadrinhos, com presença de personagens fixos ou não, que cria uma narrativa com desfecho inesperado e ou esperado no final;
- Valorização dos desenhos, transmissão de expressões nos personagens;
- Diferenciação de letras para indicar entonação, como cochichar (letra pequena), gritar (letra grande), entre outros;
- Uso das onomatopeias (tosse, barulho de buzina, espirro, gritos e suas representações). Os estudantes curtem atividade para expressam graficamente ruídos, sons e situações engraçadas.
Sistematize os conhecimentos através de registros, para eventuais consultas.
Produção de sua HQOrganize um roteiro de criação em que os alunos tenham que escrever, em dupla, sobre um episódio. Eles devem decidir sobre personagens, cenário, fato ou acontecimento que irão descrever. Somente após definir a história é que começam a desenhar os personagens e os quadrinhos propriamente ditos.
Para desenhar os personagens, eles podem utilizar o Paint, que é um software utilizado para criação de desenho simples e também edição de imagens. Após a produção, selecione o desenho, recorte e cole no Word, ou vá no ícone imagem e selecione alguma do arquivo. Também existe a opção do recurso clip-Art que importa imagens diretamente da Internet.
Na própria ferramenta eles podem criar a tabela para separar as histórias, colar os personagens e inserir os balões, que estão disponíveis no ícone inserir, formas. Apresente estes recursos aos alunos, deixando-os livres para exercitar a criatividade e inventividade, percebendo que a história tem uma sequência lógica. Estimule a usarem e abusarem dos recursos e elementos estudados.
Na sequência, cada dupla, deverá produzir sua HQ, explorando as histórias. Compartilhe as produções com os demais estudantes, podendo juntar todas e produzir um único gibi da turma. A partir dessa aula, você pode dar outros desdobramentos à atividade, dependendo da intencionalidade e do objetivo da aula, como por exemplo, trabalhar com charges que tem características diferenciadas por ser circunstancial e temporal e ainda explorar temas transversais.
E você, querido professor, como utiliza o editor de textos em suas aulas? Compartilhe suas experiências nos comentários, contribuindo para o trabalho de outros educadores. Aproveito para partilhar que nossa coluna agora é semanal, onde dividiremos práticas pedagógicas, opiniões sobre diversos assuntos ligados a Tecnologia e Educação.
Um abraço,
Débora Garofalo
Na própria ferramenta eles podem criar a tabela para separar as histórias, colar os personagens e inserir os balões, que estão disponíveis no ícone inserir, formas. Apresente estes recursos aos alunos, deixando-os livres para exercitar a criatividade e inventividade, percebendo que a história tem uma sequência lógica. Estimule a usarem e abusarem dos recursos e elementos estudados.
Na sequência, cada dupla, deverá produzir sua HQ, explorando as histórias. Compartilhe as produções com os demais estudantes, podendo juntar todas e produzir um único gibi da turma. A partir dessa aula, você pode dar outros desdobramentos à atividade, dependendo da intencionalidade e do objetivo da aula, como por exemplo, trabalhar com charges que tem características diferenciadas por ser circunstancial e temporal e ainda explorar temas transversais.
E você, querido professor, como utiliza o editor de textos em suas aulas? Compartilhe suas experiências nos comentários, contribuindo para o trabalho de outros educadores. Aproveito para partilhar que nossa coluna agora é semanal, onde dividiremos práticas pedagógicas, opiniões sobre diversos assuntos ligados a Tecnologia e Educação.
Um abraço,
Débora Garofalo
CRÉDITO: Nova Escola
terça-feira, 20 de agosto de 2019
terça-feira, 13 de agosto de 2019
QUAL A DIFERENÇA ENTRE COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC E AS SOCIOEMOCIONAIS?
Elas têm se tornado cada vez mais sinônimos, mas não é bem assim conceitualmente
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é a política pública que define os direitos de aprendizagens de todos os alunos do Brasil da Educação Infantil ao Ensino Médio. Para nortear o trabalho das escolas e dos professores em cada uma das etapas de ensino, a BNCC traz como pilares 10 competências gerais que vão além dos saberes cognitivos (aqueles conhecimentos pautados pelos componentes curriculares como Língua Portuguesa e Matemática). As competências gerais apontam para a necessidade do desenvolvimento integral do estudante.
Aprovada em 2018, a BNCC está em fase de implementação em salas de aula de todo o país. Escolas das redes públicas e particulares devem tê-la como referencial em seus currículos até o início do ano letivo de 2020. No entanto, durante esse processo, competências gerais e socioemocionais têm se tornado cada vez mais sinônimos – o que não é bem assim.
Ok, mas o que são as competências gerais?
Aprovada em 2018, a BNCC está em fase de implementação em salas de aula de todo o país. Escolas das redes públicas e particulares devem tê-la como referencial em seus currículos até o início do ano letivo de 2020. No entanto, durante esse processo, competências gerais e socioemocionais têm se tornado cada vez mais sinônimos – o que não é bem assim.
Ok, mas o que são as competências gerais?
Segundo a definição que consta na BNCC, competências são “mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atividades e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho”. Na prática, isso quer dizer que os alunos devem utilizar os saberes para dar conta do seu dia a dia, sempre respeitando princípios universais, como a ética, os direitos humanos e a justiça social e sustentabilidade ambiental.
E as socioemocionais?
As competências socioemocionais começaram a ser investigadas depois dos anos 1930, quando pesquisadores se debruçaram sobre quais seriam as palavras usadas para descrever os traços da personalidade humana, conforme explicado aqui. Somente a partir dos anos 1980 foi possível chegar aos cinco eixos que definem as competências socioemocionais: abertura ao novo (curiosidade para aprender, imaginação criativa e interesse artístico), consciência ou autogestão (determinação, organização, foco, persistência e responsabilidade), extroversão ou engajamento com os outros (iniciativa social, assertividade e entusiasmo), amabilidade (empatia, respeito e confiança) e estabilidade ou resiliência emocional (autoconfiança, tolerância ao estresse e à frustração).
LEIA MAIS BNCC e suas competências: Qual aluno queremos formar?
Cada um desses eixos traz qualidades (ou de traços de caráter) que podem se entrelaçar com competências cognitivas, criando capacidades híbridas, como, por exemplo, a criatividade e o pensamento crítico.
Mas, afinal, há diferença?
Anna Penido, diretora do Instituto Inspirare, foi uma das leitoras críticas da BNCC a convite do Ministério da Educação (MEC). Ela defende que as socioemocionais são recortes das competências gerais e que, portanto, não podem ser tratadas como sinônimos. O equívoco de afirmar que são sinônimos se dá porque há competências que não são socioemocionais, mas sim de outras naturezas. “Não podemos pensar só nas socioemocionais, as outras também são muito importantes como, por exemplo, cultura digital, repertório cultural. Não existe hierarquia do que é mais importante, tudo faz parte da educação integral. A dica é: trabalhe as competências gerais que você trabalhará as socioemocionais”, sugere. Anna também ressalta que as competências gerais não hierarquizam, cada uma é igualmente importante em suas dimensões e que elas devem ser trabalhadas de forma sinérgica.
O diretor de articulação e Inovação do Instituto Ayrton Senna e membro do Conselho Nacional de Educação (CNE), Mozart Ramos Neves, compartilha uma visão semelhante à de Anna Penido. Para ele, que atua e possui diversas publicações com os temas de Educação Integral e competências socioemocionais, não há nenhuma competência 100% pura ou seja, totalmente cognitiva ou socioemocional. “Algumas são mais socioemocionais que outras. Quando você trabalha o pensamento crítico, curiosidade, criatividade, por exemplo, estão muito mais próximas do cognitivo do que da socioemocional”, observa.
Já César Callegari, que presidiu a comissão da BNCC no Conselho Nacional de Educação, não acredita na separação das socioemocionais. “Imagino que quando se fala delas [socioemocionais] é no sentido tático de chamar a atenção para alguns temas, como o respeito à diversidade e o trabalho colaborativo, mas elas devem estar sempre em toda parte e não restritas ou confinadas a um determinado setor no campo das competências”.
LEIA MAIS Como aplicar na prática as competências socioemocionais Da sala de aula para a vida
O conselheiro Mozart pondera que é mais importante que as pessoas entendam que as 10 competências gerais que estão na BNCC precisam ser desenvolvidas pela escola para o desenvolvimento integral do estudante. Ao avaliar o cenário, ele garante que fica claro que essas competências vão crescer ainda mais no decorrer do século 21. A perspectiva de Mozart se baseia em diversos estudos. Um deles, de 2006, já apontava que as principais habilidades que empregadores esperavam de encontrar em jovens candidatos eram pensamento crítico/resolução de problemas, trabalho em equipe, criatividade/inovação, de modo que conhecimentos básicos, como Matemática e Ciências, estavam no final da lista.
“O que era ponto de chegada hoje é apenas ponte de partida. O que o mundo está precisando é do que chamamos de qualidades humanas, são os valores que de alguma forma você carrega para sobreviver em um mundo em constante descontinuidade”, diz Mozart. “O tempo de um determinado conhecimento científico não é como há 200, 300 anos. Quando você desenvolve essas competências não será ajudado apenas na escola, mas na vida”, explica.
Qualquer que seja a denominação, o conceito de competência é conhecimento aplicado, que pode ser mobilizado para determinada finalidade, de acordo com Callegari. “Sabemos que muitos conhecimentos são relevantes mesmo que não possam ser rapidamente aplicados”. Para César Callegari, apesar das críticas à BNCC esses direitos são fundamentais hoje, especialmente em face dos ataques que a Educação vem sofrendo. “Temos que afastar a ideia do conhecimento como uma coisa meramente utilitária”, diz.
CRÉDITOS: Nova Escola Gestão
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